MIRTES , NO FIM DOS VERÕES

Quando era você ,

tudo ao redor do caminho

vertia sangue , e toda água

derretia rio abaixo , morrendo

dentro de mim sonhando.

Quando eu te esperava,

o tempo contava pra mim

coisas belas, entre as ervas

floria teu sorriso indomável

teu afável conforto de abraço

em plumas pétalas aladas,

como quer um menino,

como estrelas caindo.

Quando era eu tudo partia!

Tudo retraia, tudo era "retrato"

pra lembrar como se o dia

deitasse pra amar...tu sofria

nos orgasmos matando

apenas a criatura criada

dos momentos antigos

perdida num labirinto pueril.

...no balanço do jardim, nas folhas

secas do outono , o diabo veio buscar

nossa alma que estava fria.