Vassalo desgraçado
Vassalo desgraçado
Marco Sartorato
Quão infindáveis são os mistérios do amor,
Que tortura implacável a desacerbada vida.
Não são bem vindos os desleixos e o clamor,
Das ilusões, causando tristes despedidas.
Quão infindável é o pranto do olhar,
Lágrimas que rasgam a face tal-como gume de adaga
E norteia as frases d’um angustiado versejar,
Nas ilusões eternizadas em altas madrugadas.
Mas, não pereças por um príncipe encantado,
E sim por um vassalo desgraçado,
Que não mais cultiva sua própria vontade.
Nele está a servidão eterna e humilhante,
Pois a honra não mais será o bastante,
Para arrancar da pele a verdade.
A verdade está presa em nossas vergonhas e desonras.