Edifício Brasil

Giuseppe herdou um apartamento,

Com despesas atrasadas,

Inconformado com as contas,

Descontou da empregada.

Ao visitar o lugar,

Deparou com a luz acesa da sala,

Não pensou no custo alto,

Quem acendeu, volta e apaga.

Quis ser dono do edifício,

Da síndica desconfiava,

Tanto fez que conseguiu,

E a senhora foi caçada.

Eleição logo chegou,

Candidato se tornou,

Mostrou ser sério e honesto,

Reverso de um síndico anterior.

Giuseppe agora confuso,

Não sabe com as contas lidar,

Nomeou alguns assessores,

Para com tudo o ajudar.

O poder tão perigoso,

Em sua mente infiltrou,

De síndico passou a dono,

Ele mesmo se intitulou.

Aos berros ordens são dadas,

Na figura de um ditador,

Assembleia não vale nada,

Se não for a vontade de seu "senhor".

Triste é ver tão belo edifício,

Caindo sempre em mãos erradas,

O síndico anterior roubou,

E o atual diz entender sobre tudo,

Mas demonstra não saber de nada.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 30/08/2019
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