Edifício Brasil
Giuseppe herdou um apartamento,
Com despesas atrasadas,
Inconformado com as contas,
Descontou da empregada.
Ao visitar o lugar,
Deparou com a luz acesa da sala,
Não pensou no custo alto,
Quem acendeu, volta e apaga.
Quis ser dono do edifício,
Da síndica desconfiava,
Tanto fez que conseguiu,
E a senhora foi caçada.
Eleição logo chegou,
Candidato se tornou,
Mostrou ser sério e honesto,
Reverso de um síndico anterior.
Giuseppe agora confuso,
Não sabe com as contas lidar,
Nomeou alguns assessores,
Para com tudo o ajudar.
O poder tão perigoso,
Em sua mente infiltrou,
De síndico passou a dono,
Ele mesmo se intitulou.
Aos berros ordens são dadas,
Na figura de um ditador,
Assembleia não vale nada,
Se não for a vontade de seu "senhor".
Triste é ver tão belo edifício,
Caindo sempre em mãos erradas,
O síndico anterior roubou,
E o atual diz entender sobre tudo,
Mas demonstra não saber de nada.