EM QUE RIO E DEPOIS CHORO
EM QUE RIO E DEPOIS CHORO
Marília L. Paixão
Voava longe o desejo
Depois aproximou-se
Voava longe a saudade
Depois aproximou-se
Você não voava
E não aproximou-se
Distanciei-me do sonho
Mas ele voltou
Distancie-me do impossível
Mas ele se manifestou
Distanciei-me das curtas miragens
E você me procurou
Queria provar que é eterno?
Que não se deve fugir do belo?
Que você é a semente do que espero
Florescer em meu verão e inverno?
Pedi-lhe mil respostas
Mas você as apagou.
Por isso que não explico
Nenhum devaneio, tantos anseios
Nenhum dos meus desesperos
Não explico quando te ignoro
Mesmo morrendo de saber que te adoro
Morro nas lembranças em que rio e depois choro.