CONFISSÃO NIILISTA
Não busco solução para problema algum.
O que procuro são as perguntas certas
Contra as respostas erradas.
Fujo ao feitiço da verdade,
Evito convicções.
Sigo sempre desencantado
Sem esperar dos meus dias
Qualquer outra coisa
Que não seja
A superfície das coisas vividas.
Meu destino é a morte,
Meu caminho é a poesia.
Tudo que sei
É a brevidade das coisas todas
Que me povoam o pensamento
No jogo da finitude e da imanência.