Ritos Agrícolas
Foram me dado às passagens secretas
Para adentrar com Demeter os recitais
Contidos nos misteriosos cultos de Elêusis
Guardados pelos olhares de Perséfone
Jardineiro do mundo... Da Babilônia... Do universo
Em meu cativeiro plantando as flores mais belas
Suspensas em mágicos jardins de heliotropos azuis
Onde as borboletas de cetim repousavam seus colos
E os pastos fartos ao agricultor que guardou o amor
Nos ritos antigos das fases lunares... Olhar das estrelas
E as marcas da vida sulcaram seus traços de sabedoria
Grande aliado ao sol que reflete as asperezas dos segredos
No cadafalso rolaram muitas cabeças
E as leis aplicadas ao bel prazer... Olhos petrificados
E Demeter e Perséfone aguaram as plantações
Com o sangue inocente dos mártires... E a vida floriu