Devaneios Primaveris
Enveredando meus passos cansados
Busco repouso em meio à natureza
Vislumbramentos de seres alados
Pássaros e insetos... Um tanto norteados
E as inverossímeis alegações das borboletas
Diante as cores aveludadas das pétalas
Convidativas em suas perfeitas geometrias
Tudo em seu devido tom... Em plena alegria
E entre as bromélias repletas de primaveras
Vejo o arfar de um gerânio já desgastado
Que desfolhado tenta seu último repente
Pela hortênsia violeta por quem está apaixonado
E a desgastura dessas brumas oloríferas
Conjecturam os olfatos mais refinados
Atraem o tão embelezado beija-flor
Que em suas asas o universo foi transpor
Vivacidade... Eternidade estonteante
Ciclos eternos em aquarelas extasiantes
Mãe natureza... E seu pai Cósmico edificando
Estacionários anjos em ramos de lisianto
Rimas floridas e perfumadas no ataúde
Onde eu guardo meus pecados em segredo
Versos pintados e salpicados ao som do vento
Enfatizando minha introspecção e recolhimento
E as libélulas de todas as nuances despedem-se do arrebol...