Agora entendo como são profundas as mãos,
incrustadas de ardores que ninguém vê,
a queimarem temores tantos, [ a queimarem-se ]
em nome do amor

Mãos como paisagens abertas, viscerais,
precipitando a carne e a luz

Deixo que essa violência esplendida,
beba às raízes do meu silêncio palpitante
e transmute os rios, as folhas, as estações,
com a seda que teci do próprio sangue .



 



DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 27/08/2019
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