A Cidade
cubro-me dos teus olhos
cerco-me de tuas pedras,
porque meu corpo
é chuva
cubro-me do teu asfalto,
de teus homens
porque minha alma
é vaga como o vento
e cubro-me das tuas regras,
dos teus ofícios, porque - e só assim -
suprimo o que pulsa e o
que pulsa arde no espinho de uma flor