(A)MAR(É).
Navego pelas águas
Dum mar de mansidão
No máximo marolas
Na imensa escuridão
Respingam-me nos olhos
Gotículas salgadas
Que ardem esperançosos
Em muitas madrugadas
Embala-me o sono
O navegar a muitos nós
Mas acordo dos meus sonhos
E, à deriva, navego só
Rogo, confiante, às estrelas
Alguma luz e direção
Risca o céu uma centelha
Feliz, aporto, no seu coração.
Elenice Bastos.