O VOO DAS ANDORINHAS
Voa corta os ares,
asas da imaginação,
asas reais e alvissareira,
em revoada condoreira,
no céu em contemplação,
piam, extremece as caudas,
planam prados e plantações,
voam sobre terra árida e fértil
numa madrigal canção,
sobe , desce, plana,
sonham um ponto alcançar,
vai em desabalada carreira,
sem tempo para amar,
e na verdejante parreira,
pousam para catar seus grãos,
enche o papo,
me farta a alma,
de enorme comunhão,
enquanto a pátria naufraga,
sob cinzas e borrões,
Andorinhas, colocam estrelas,
para cintilar no meu sertão.
Voa corta os ares,
asas da imaginação,
asas reais e alvissareira,
em revoada condoreira,
no céu em contemplação,
piam, extremece as caudas,
planam prados e plantações,
voam sobre terra árida e fértil
numa madrigal canção,
sobe , desce, plana,
sonham um ponto alcançar,
vai em desabalada carreira,
sem tempo para amar,
e na verdejante parreira,
pousam para catar seus grãos,
enche o papo,
me farta a alma,
de enorme comunhão,
enquanto a pátria naufraga,
sob cinzas e borrões,
Andorinhas, colocam estrelas,
para cintilar no meu sertão.