O VOO DAS ANDORINHAS

Voa corta os ares,
asas da imaginação,
asas reais e alvissareira,
em revoada condoreira, 
no céu em contemplação,
piam, extremece as caudas,
planam prados e plantações,
voam sobre terra árida e fértil
numa madrigal canção,
sobe , desce, plana,
sonham um ponto alcançar,
vai em desabalada carreira,
sem tempo para amar,
e na verdejante parreira,
pousam para catar seus grãos,
enche o papo, 
me farta  a alma,
de enorme comunhão,
enquanto a pátria naufraga,
sob cinzas e borrões,
Andorinhas, colocam estrelas,
para cintilar no meu sertão.


 
Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 25/08/2019
Reeditado em 25/08/2019
Código do texto: T6728687
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