O homem de cabeça oca

O homem da cabeça oca

O coco cheio de água doce

O mar meu irmão não se mede

No fundo pedras como cemitérios

Um pouquinho menores são os rios

Pode águas doce levar-te a maré

E o rio Amazonas do berço corre para o mar

Os pombos são fiéis, não são como os ratos

Que roem, são delatores muito traiçoeiros

Duma janela cor de palha, não se mede o céu

Nuvens que borrifam do cinza ao azul escuro

Os micos passam procurando galhos de árvores

Mas os astros menores jamais salvarão um torrão de terra.

Varenka de Fátima Araújo

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 23/08/2019
Código do texto: T6727669
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