Ciclo

Meu verso rasgou-se

A rima, na retina, perdeu -se

O peito afogou-se

E foi -se

O que era doce e não me pertenceu

Nova chama se acendeu

Luz que a um suspiro

Novamente, displicente

Se apaga

E novamente renasceu

O ritmo que nos dedos se propaga

E a luminosidade vaga

Te refaz e te revela

Tão claro, tão nítido e tão meu.