ASSEMBLÉIA
Vê-se das páginas urbanas/
Filas indianas/
Que seguem sem rumo/
Das pontes, dos morros e das palafitas/
Das capitais/
Dessa vida cansada e sofrida/
Sem esperança, miserável e desesperada/
Mortos vivos consideram qualquer chamado/
Sob efeito viciado/
Cultos programados pra vitimar/
Mais do que salvar/
Ferida exposta/
Que a massa refém/
Caminha apática ao lado dos lobos cordeiros/
Hospedeiros de tantas desordens/
De um sem sentido/
Que mata mais do que salva/
Nesse mundo imundo/
São tantas as intenções/
Que desinforma os cultos/
Forja o caos com certezas de um mal/
Insensatez e insanidade/
Que turvam a realidade/
E tanto fanatismo a nortear o ópio do ódio e da desigualdade/
Sem justiça, sem carinho e solidariedade/
Fazendo muitos sucumbirem a ignorância/
Como mal da idade/