CRITICI/CRÍTICOS

Falavam de norma culta, ecdótica e exegese

Sob suas óticas absolutas e intransponíveis

Minhas versas incultas a dissertar entre urinas e fezes

Rebaixadas sem culpa aos mais altos níveis

Eles me olhavam de cima

Enquanto eu declamava meus versos

Ignoraram os mútuos sentimentos

E as emoções inerentes às rimas

Reduziram estes sentimentos do tamanho do infinito

Ao tamanho do Universo

Um poema escrito por mim é mais que palavras

É algo que me sublima

Eles disseram muitos nãos, me cobraram um padrão

E me disseram, quem sabe um dia

Eu disse quem sabe nunca e com alegria também disse não

A falta de padrão é justamente o padrão da minha poesia.

Críticas?

Me importo só com a situação.

Com as histórias fatídicas,

Com a escassez de paz e pão.

Peço favor, perdão,

Opinião?

Não faz meu feitio.

Peço amor, uma mão,

Um pedaço de pão…

Tio!

Críticos?

Me importo só com o estado.

Com a maldita casta de políticos,

Com o povo débil, adestrado.

Não peço atenção,

Silêncio, palmas

Não faz meu feitio.

Peço amor, uma mão,

Um pedaço de pão…

Tio!

MAIS UMA HONROSA PARCERIA COM O IRMÃO E GRANDE POETA, Átomo (PseudoPoeta).