ODE DA PALAVRA
Adeus palavras vadias,
Da boca dispensadas
Sem o drama do abandono,
Com o avidez da hora
E foram pra cultivar atenções,
Onerar ouvidos ociosos,
De vez em quando no silêncio,
Roubar dos tolos, a ignorância.
Traga, oh menina vadia, uma idéia,
Me insufle uma epifania,
Revolucione uma catarse,
Gotas miúdas de euforia
E quando voltar, se assim puder,
Volte transformada e absoluta,
Diferente de sua nativa forma,
Não ouse retornar à boca;
Distraia me:
Entre pelos meus lúdicos ouvidos.