CONTEMPLAÇOES INSPIRADAS
CONTEMPLAÇÕES INSPIRADAS
Mostra-se a poesia
no fim da tarde,
tão breve quanto
o rubro ocaso;
ela sabe que
a espero sem pressa;
sei que não
se mostra com atraso.
Qualquer hora
que ela me visita,
sinto-me livre
como alma voando;
tal a paz
eterna dos anjos,
vejo-a serena,
agora me inspirando.
Move-se a poesia
por entre as nuvens;
voa com elas
quais almas eternas;
no sono físico,
as almas desdobram-se;
visitam no além,
as suas irmãs fraternas.
A poesia será
sempre vista
por almas poéticas,
estejam elas
encarnadas
ou desencarnadas;
o poema é fruto
dessas contemplações
inspiradas;
a poesia:
que dorme
no ocaso
com o pôr-do-sol,
e acorda
ainda de noite,
com o seu
nascer no luar.
Escritor Adilson Fontoura