gosto amargo
na boca um gosto amargo de wasabi,
na boa eu gosto quando cê já sabe,
no bolso esse cigarro nem carbura,
ô moça se te agarro cê me atura?
pus na mente enquanto cabe
sente as garras da loucura,
opus-me a gente que se gabe
dez garrafas dá tontura,
tem um sapato na sua pedra
mantem pinta de um príncipe,
enquanto um sapo fode ela
sem muito disse e me disse,
a vida cobra, fecha a perna
já que o mutuo não existe,
se avista a cobra corre dela
ainda há tempo não desiste,
nunca soube, o que é princípios?
há tempos me joguei de um precipício,
fugir é fácil, pense nisso ...
difícil é enfrentar o q tememos,
com medo de ser visto,
comendo de seus vícios
e alimentando prepotência,
um método meio rustico
a meio metro de meu rosto
vi de perto minha doença,
feto encolhido em seu desapego,
afetado por não ser mais o mesmo
por não ter mais desprezo ou afeição,
viver ou estar preso a fé cristão?
Ele liberta, porém nunca estou são,
abriu mão da coberta e até do colchão,
morra com tiro na testa, estirado no chão.