VOTO DE CONFIANÇA
Num mundo em que há ‘faíscas’ no ar,
Até os apreços se haverão de estranhar.
A escassez de gentilezas endureceu corações
Elogios soam estranhos, contradições.
Como pode um estranho me querer bem?
É esse o pensamento que vem.
Quando o peito, a desconfiança retém.
É preciso acreditar no ser humano,
Salvo engano,
Ele é inocente até que me prove o contrário.
É hilário, o jeito das pessoas...
Condenam até mesmo antes de conhecer,
Mas jamais irão me convencer
Fazer de alguém esse injusto proceder.
Recebo a “imagem” ‘vendida’
E mesmo que amanhã me cause ferida,
Não importo em acreditar em você.
Abro sempre as “portas”, para te receber.
Eu compreendo os perigos deste mundo atual,
Mas não transformo os corações, em ramal.
Precipitadamente, elegendo-os, ao mal.
Ênio Azevedo.