Inexistência
24/11/06 Inexistência (Injustiça extrema)
Perdi a fome
Sinto um nó na garganta e não consigo comer,
Estou dominado pela morte
Mergulhado no sofrer.
Todos os palavrões são incapazes de externar a fúria que sinto,
Queria estar louco
Não fazendo uso da razão
Embriagado de absinto.
Minha generosidade é paga com indiferença
Na minha vida de cidadão reina a inexistência,
Preciso escrever para manter a paciência.
Dou muito e recebo pouco
Maldita é toda a promessa que não se realiza nesta vida,
Que faz da esperança uma ilusão
E da existência uma ferida
Que não cicatriza.
Que bom seria dormir
E nunca mais acordar
Mas só posso escrever,
Nada mais consigo fazer...