Melancolia VII
As árvores derramam lágrimas.
Choram por galhos que machucam teu coração.
Reescrevo no peito tudo que és para mim.
Lamento teu vôo longe de mim.
Perco diversas vezes o que choro aqui,
não aguento segurar lágrimas por ti.
Fostes liberta e presa pelo que és.
Foi de longe,
em terra que arde.
Chama que discorre.
Balanças em teu cordel melancólico,
fecha os olhos para que escute melhor
a batida do coração.
Não há amargor em teu voar.
Coloco
vírgulas pesadas,
em cada lágrima que escreve.
Nuvens sorriem para mim
e contam cada detalhe sobre
teu bater de asas.
Sorrio de volta,
imaginando que observa-me.
Chorei em travesseiros
pensando em teu colo.
Como ousa em acorrentar-me!
Infinitas súplicas foram engolidas.
Chamo teu nome,
sinto que consegue ouvir.
Sinto que chorou pelo que vivemos.
Bela que voa,
que flutua sob corações.
O norte se expande,
coloco minha mão no peito.
Flerto meu coração por
tê-la por dentro.