CENÁRIO COLOSSAL
O sol áureo esmaecia
Aquele dia no céu sumia
Agonizando
Banhava-me de luz crepuscular
Contemplando a tarde serena findar,
Sempre vislumbrando.
De uma esfera distante
Desponta a noite vibrante
Descendo
Em manto de estrelas a faiscar
Cujo êxtase crucial, é ao poeta inspirar,
Versos tecendo.
Um soluçante sopro noturno
O viajante é o pássaro taciturno
Num épico bailar
E o romper do orvalho prematuro,
Chispa que reluz no escuro
Nas flores a umectar.
As horas correm sem deslizes
Trazendo a madrugada em matizes
Cenário colossal,
Na mente um pensamento mudo
Transpondo em poesia um conteúdo,
Celestial.