Vinde a mim os bêbados, os loucos, os poetas !
Todos os que varrem a madrugada
guiados por vozes de lábios benditos,
e sangram em silêncio a alma a nanquim !
 
Cada gota do vosso sangue
lembra os naufrágios, as tormentas,
as vigílias e as batalhas vencidas,
 
pois que sois flâmulas forjadas a tinta
e até o fim deste tempo
ei de beber convosco à palavra alada !,
 
para que quando nos reste mais nada
além do canto atro da morte,
que em nossos olhos gastos,
nos caiba a sorte de levar uma estrela .


 






 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 16/08/2019
Reeditado em 16/08/2019
Código do texto: T6721929
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