AUSÊNCIA
Como o tempo sorvia,
Suores frios, corpo ao abandono,
Noite com expressão de monotonia,
À mingua do sono,
Pouca acção dos estímulos,
Delirar dos sentidos,
A busca pelo conforto,
Sentir isolado, absorto,
Instante sem apego,
Pele arrepiada de medo,
Simplesmente deixado à sorte,
Pois, ela calou-se do nada,
Rumou, não vejo seu norte,
Mal responde o chamado,
Ignora a presença dos raios,
Já nem respira os meus jaios,
Simplesmente calou-se por completo,
Cerrou seus lábios, os ouvidos,
Escondeu seu rosto, se isolando,
Despertou em mim o vazio,
Saudade morreu nos braços do vento,
Tempo chorou seu sentimento,
Faltaram as palavras,
Na beira daquela esquina,
Inchando as pálpebras,
E os seus olhos negros (....)
De dor, pela ausência da sua voz,
Será que fez o que tinha de ser feito!?
Ou simplesmente afastou o sentimento!?
(M&M)