Voa, sabiá!
Como voar se presa a terra está?
Arrasta no orgulho e na ânsia de destruir
Mistura-se no pó da arrogância
Envolta na lama da soberba
Banha-te!
Purifica tua alma do lodo da injustiça
Tira os cascalhos de ódio da pele
E cura as feridas que você provocou
Cicatrizando, retoma o sonho antigo
Alce voo!
Não como pombo, que podendo voar alto, ainda cata migalha no chão
Mas sabiá, livre para gorjear em outro lugar