# NA NATUREZA
Ah! como é bom caminhar pelos matos,
Respirar a brisa que existe só por ali.
Ver o voo rasante do descuidado zangão,
E o ninho do joão de barro no pé de pequi.
As montanhas densas são de Minas Gerais,
sumindo em terras distantes esverdeadas,
diacho! Viche! E terra que não acaba mais,
Um sumidouro imenso de formas onduladas.
Esbranquiçadas embaúbas rareiam viçosas
Numa estradinha um cometa enfrenta o sol
Vai levar para uma fazenda bem escondida,
a uma moça vaidosa de lá, o mais lindo virol.
Flores amarelas e vermelhas colorem os pastos
Os cupins mudam a paisagem com murundus,
Reses silenciosas pastam calmas, ruminantes
em simbiose com barulhentos e negros anuls.
Pássaros de belos cantos os quais desconheço.
Agitam pelas árvores vigiados por um gavião.
São Pedro aparece do nada pela tarde morna
Envia como mensagem de aguaceiro, um trovão.
O santo não perdeu tempo, cai a chuva torrencial
E por cima castigou mais, em raios e trovoadas.
Eta que essa chuvarada me atrapalhou mesmo,
Acabando com minha tão tranquila caminhada.