“Sou homem; nada do que é humano, considero estranho a mim”

Não sou eu

negociante de grosso trato.

Não sou alquimista,

nem influenciador digital.

Estou aqui em meio a bilhões,

mais um.

Sou fração de existência.

Aqui estou e isso deveria me bastar.

E até certo ponto me basta.

O difícil, laborioso

é o sofrer alheio.

Tanto a tão poucos

tão pouco a tantos.

Não creio em fardo,

em inato sofrer.

Há faltas.

E o paradoxo:

campos transbordantes,

exageros e sobras.

O conforto exaure vidas.

O egoísmo econômico adoece o futuro.

O que fazer?

Reconstruir.

Reinventar.

Praticar o justo.

“Homo sum, humani nihil a me alienum puto”. (Terêncio, dramaturgo latino)

“Sou homem; nada do que é humano, considero estranho a mim”

Nada.

Cleber Bispo
Enviado por Cleber Bispo em 13/08/2019
Reeditado em 28/03/2021
Código do texto: T6719314
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