Nos olhos dos outros
Nos olhos dos outros,
As vezes tropeço nas palavras esquecidas
Apanho-as depressa antes que sejam perdidas
Abaixo-me tentando salvar a esperança que caiu do bolso.
A passos largos, presto atenção nos detalhes dos cantos
Nos olhos dos outros,
Esbarro nas esquinas
Não me preocupo tanto com os gostos
Tenho certeza que a vida me ensina
Mal vejo os rostos,
As vezes me encontro e na escuridão me assusto com os monstros.
Nos olhos dos outros, vejo lagrimas e
Lembro-me do mar presente no tempo de descanso
Hoje de toda maresia restou a poesia.