SOMBRA SEM DONO

O que quero

De mim

Nem eu mesmo

Consigo imaginar

Talvez um verso

Meio insípido

De caráter ríspido

Só para criticar

Ou um poema mudo

Sem voz de veludo

Que acima de tudo

Possa me tocar

Afronto minha poesia

Degladiamos , homem e arte

Mas vejo que é utopia

Existir sem poetar

Como uma sombra sem dono

Não sei quem sou

Nem onde estou

Ou para aonde vou

Neste ínfimo pensar

Igor da Silva Chaves
Enviado por Igor da Silva Chaves em 09/08/2019
Reeditado em 14/08/2019
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