Opróbrio

Opróbrio

Entre insones pensamentos

Desfaleço ante extenuante cansaço

E entre oníricas imagens me desfaço

Recriando pesadelos e tormentos

Iludo-me ante a taça cheia

Donde verdades e mentiras transbordam

E nela, demônios me afogam

Enquanto meu corpo sofre a peia

Molestado no arcabouço de meu ser

Violentado pelos pesares inescrutáveis

Causados por males insondáveis

Dum espírito louco por perecer

Então recobro meus sentidos

Entre lágrimas e soluços, eu grito

Revivendo novamente a cena aflito!

Neste terrível círculo perdido

Amaldiçoado, amargando meu opróbrio

Noites ensandecido e dias de morte lenta

No trago de uma taça opulenta

E que consigo permanecer sóbrio

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 08/08/2019
Código do texto: T6715328
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