Sem cura
Sem Cura
(Flávio Omena)
Do outro lado, a morte
Que não sendo morte matada
De morte morrida, por Deus dada
Até que é sorte.
Porque desse lado, a vida
Anda difícil ser vivida
É todo dia um desamor, um escárnio
Mentiras e vaidades, aguardando o obituário.
Eu, cheio desses vazios, "redessocializado"
Finjo ser céu; Depois, chão, telhado...
E sei que não há remédio que cure
Quem apodrece antes que se madure.