PROFUNDAS ARESTAS DA VIDA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
Chorei pela falta e falsas modestas
Pelo mal que fizeste e me feriu
Deixaste mazelas em profundas arestas
Eu te perdoo pelo perdão que não pediu
II
Sou teu mal entranhado na face
Por isso o meu choro em demasia
Gemido de dor no mais alto teor da classe
A solução que sempre alguém prometia
III
Chorando pelo ato do motivo cruel
Asfixia por querer sempre o certo
Desafiando qualquer amigo infiel
A procura de uma flor no vasto deserto
IV
Sem ter um motivo de se arrepender
O choro banhado de toda falsidade
O erro que jamais procura aprender
Tornando a vida a sua calamidade
V
Pra que chorar sem motivo algum?
Se existe no final uma luz brilhante
Basta reconhecer do erro apenas um
E ganhar da patente o prazer abundante