APAGANDO
APAGANDO
Nas janelas cerradas
Moram almas que sonham
Utopias de novos dias
Abraçam corpos quentes que
Mais adiante estarão frios
Cobertos de flores mortas
Peles decompostas
Vermes felizes empanturrados
De carne obscena
Saindo de cena
Um anjo sem asa acena
Fim de tudo
Até da terra agora morta
Pela insurreição dos costumes
Dos controles remotos
Que apagaram as imagens
Antes verdes e azuis
Agora negras
Calcinadas de inconsequências