A vida faz e acontece
A vida vai e desliza corrente
Caminha na razão mais ampla de um todo
Pela solidão que se lança em células
Nas curvas estéticas das horas arcaicas
Para na leveza transcoar o tempo
Na distância vai e descola um sonho
Deixando a ânsia clara no vazio mundo
Na página reduzida em pouco espaço
Abstrata é a vida que perpassa em tempo
Na face obscura dos que fazem o mundo
Quando roubam a consciência de quem vive
Na prática rude de um lago escuro
Sagrada é a lágrima que escorre e chora
No vago espaço sem o sal que reza
Na sombra que não fornece as cores
O tempo cala a esperança bela da tarde
Inerente ao silêncio realista dos passantes
Sensível e resignado como uma oração
Pelo canto sofisticado da convivência social
Entre o indivíduo e o reflexo que restou
E gesta uma luz no formato claro da água
Que brilha em forma de vida e segue
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