Flâneur
Na terna idade,
Tempo transcorrido, calado,
Sempre estiveste presente,
Mesmo quando aparentavas estar ausente,
Na neblina da minha mente,
Uma faixa estreita mantinha o foco,
Na esperança de transformar o pouco em tudo,
Lembro quando te vi pela primeira vez,
Parecia que nossas almas já tivessem se encontrado antes
E o encontro se repetisse de mês em meses,
Assim seguia o tempo calado,
Conotando o sentir das almas,
Delirantes e murmurantes,
Em diferentes estações dos climas,
Na timidez daquele olhar nostálgicos em nós,
Sentenciado e envolvido ao silêncio da voz,
Era uma eternidade excessiva,
Contida na saudade que mal expressava,
Pois o medo predominava,
Evidenciando a sua força activa,
Redundante em escalas,
Até hoje seguimos calados
Distantes caminhos,
Traçados na perpendicularidade dos nossos corações,
Onde faltaram palavras para quebrar os labirintos,
Das vontades consumidas pelos instintos,
Que se erguerá por medo do a(mar),
Hoje apenas seguimos, sem se encontrar,
Talvez um dia paremos ao mesmo luar,
No tempo, até lá seguimos o verde dos campos,
Arfando a brisa, aragem
Até chegar ao estreito da margem
Por observar (...)
(M&M)