DA PALAVRA SELVAGEM
São íntimos os versos
porque o olhar é feito um candelabro
e por trás das cortinas brilham pupilas e poemas
e depois de mim e de nós
as palavras selvagens dirão: quem chora sem razão
não bebe água na palma da mão.
Nem sorri incólume às dores
como se poupasse a si mesmo
de correr mundo no mistério do próprio ser.
São íntimos todos os versos
nascidos da nudez de um olhar oblíquo
que lhes confere o molde do amor perfeito.
imagem: O olhar
Luciah Lopez
São íntimos os versos
porque o olhar é feito um candelabro
e por trás das cortinas brilham pupilas e poemas
e depois de mim e de nós
as palavras selvagens dirão: quem chora sem razão
não bebe água na palma da mão.
Nem sorri incólume às dores
como se poupasse a si mesmo
de correr mundo no mistério do próprio ser.
São íntimos todos os versos
nascidos da nudez de um olhar oblíquo
que lhes confere o molde do amor perfeito.
imagem: O olhar
Luciah Lopez