Corpo
Corpo
Mero amontoado de carnes
Caneta para o aprendiz
Da arte da vida é cinzel
Modela aquilo que importa
Alma, bem adiante acorda.
De tudo para se viver
À dor que mais exime
Entreposto é o corpo
Ilustre amor conhecido
Feito de ganho, de perda
Ninguém quer luz ou alma
Afeto sincero não vale
Há busca da densidade
Mergulho em prazer vão
Um dia tudo se acaba
É onde terra se prepara
Para acolher seu irmão.