NÃO SOU, NEM QUERO
Não sou poeta,
nem profeta.
Não vejo o futuro,
e nem enxergo no escuro.
Não sou criança, nem sou adulto.
Não uso as mãos
para comer mamão.
Afinal, nem gosto de comer mamão.
Não digo que "não",
nem digo que "sim".
Não sou começo, meio,
muito menos fim.
Não sou falso.
Mas não quer dizer
que nunca menti.
Não precisa tocar para dizer
que isso é amar.
Assim, como não preciso tocar para te odiar.
Não é ponto final.
E não estou em estado terminal.
Não sei, não sei.
Olha o quanto esperei.
Não, não! Apenas não.
Não diga me não.
Não sinto. (Aqui)
Não minto. (Aqui)
Não mais grito... Persisto.
- Allan Christian/Faunno.
UmTragoFilosófico