DE VOLTA AO MAR
Há no gigante e salso mar a imensidão
de um oceano liquido de lindas águas
porque explode nos poetas a gratidão
a Deus por lá afogarem dores e mágoas.
Nos versos e nas vagas está a brancura
contrastando com o verde-azul diurno
que cedia mergulhos em louca aventura
nas profundezas do eterno rei Netuno.
Somos a vida a procurar o seu começo
ao voltarmos rápido, com grande apreço,
à beleza de nossa sábia origem: ao mar.
Olhamo-lo aqui e sempre à nossa volta
para apaziguar a vil presença da revolta
daqueles que jamais o poderão intimar.
Salvador, 20/10/1999.