HOMEM EFÊMERO...
Tu fingiste...
Forjou meu aço psicológico.
Abraçou o fogo, queimaste. Tente...
Aprenda a manusear meus momentos, instáveis.
Me fogem as palavras.
Homem efêmero, passadiço, morredouro.
Manipulaste uma história com o escroto intuito de ter um enredo para narrar.
A que ponto vai a sua dissimulação?
Ela é eterna ou foi apenas uma narrativa de verão?
Entraste, invadiste a parte mais intrínseca do meu ser e partiste.
Tu, homem efêmero, temporário.
Em meu coração a cicatriz foi removida.
Mas, havia uma chaga?
Claro que não, eu jamais permitiria!
Logo eu, que sempre amei a eternidade, me deparei com um relógio limitado.
Quando alguém diz não te querer por medo do futuro, apenas diga: eu juro, tu és um exemplo infame do que não estará nele!
Tu, homem efêmero, passadiço, morredouro.
Não és digno de qualquer lágrima que eu venha a derramar.
Se há uma lição que eu aprendi com a vida, foi a nunca me deixar naufragar...