SAÍ DE MIM
Saí de mim em uma noite chuvosa,
Raios intrigantes iluminavam o céu,
Na minha mente uma melodia triste,
Em meus olhos um velho carrossel.
...
Eu já não tinha um só destino,
Avistava-se apenas a próxima esquina,
No bolso um velho lenço amarelo,
Foi o que ficou gravado na retina.
...
A chuva de repente se foi, extinguiu,
A noite esbarrava-se em um outro dia,
Fiquei com medo da claridade inerente,
Iria explicitar a minha melancolia.
...
O sol começou a deformar a escuridão,
Começaram uns certos sorrisos no ar,
Até os grunhidos da friagem cessou,
Naquele instante só eu sem par.
...
Então voltei para dentro de mim,
Quero fazer de novo esta aventura,
Se perder em qualquer esquina,
Para me encontrar em outra criatura.