elegia do exílio
Tem dias que os dias,
apesar de azuis,
são cinzas.
Dos mortos que nos oprimem,
do trago que nos queima,
da chama que se apaga.
Nestes dias não existe remédio que
cale o meu grito triste
Nem faça ouvir minha voz estridente.
Me guardo, como os doentes,
na cólera da alma,
à espera da noite com a morte.