Ode súbita
deita-me amor em coisas nossas
nas paredes sem espanto
a fim de se fincarem pelo tempo
em todos os poemas há paredes que passam
mastigadas por olhos amendoados
olho que realça o sol que o olha da parede
esquecido da solidão
quero estar pronta em seus sonhos
de maneira que seus olhos corram
assim abstrato sereno como o azul
queime nas árvores da noite
para não pensar onde mais eu estaria
acaso a coragem queira saber o sentido
dá-me um pouco de morte sacra
uma que sorria
com o sol da tarde iluminando a poeira
solta em um barco.
deita-me amor em coisas nossas
nas paredes sem espanto
a fim de se fincarem pelo tempo
em todos os poemas há paredes que passam
mastigadas por olhos amendoados
olho que realça o sol que o olha da parede
esquecido da solidão
quero estar pronta em seus sonhos
de maneira que seus olhos corram
assim abstrato sereno como o azul
queime nas árvores da noite
para não pensar onde mais eu estaria
acaso a coragem queira saber o sentido
dá-me um pouco de morte sacra
uma que sorria
com o sol da tarde iluminando a poeira
solta em um barco.