FILA

Fila é paciência de famintos

Um prolongar de dívidas

Ao mesmo tempo um desgosto

Com frenesi de sedentos

Fila pode ser uma dança de prantos

Ou um pesadelo de maratonistas

É uma busca pelo sol que esconde-se

Ao mesmo tempo que um dia . . .

. . . Não bem querido

Pode parecer loucura para os sãos

O lutar com batidas de pés

Um furacão nos olhos de criança

Fila é um pegar na cintura do vento

Uma busca pela terra perdida

Quem nunca pegou fila, não foi Humano

E se muitos pegam fila é porque . . .

. . . Se conformaram à serem macacos!

Eu, que sou tal animal sempre . . .

. . . Evolui para um papagaio

Pois, onde existe fila existe fofoca

Troca de olhares a moça bonita

Um jovem que ouve na solidão sua . . .

. . . Música.

E nisto tudo sabemos que o tempo

é muito mau; e ao mesmo tempo, generoso.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 30/07/2019
Reeditado em 30/07/2019
Código do texto: T6708217
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