Morte sem motivo
Como sal que salga ao sol
dor que cura com o sopro da boca
triste porque viu outro cair, morrer
arrastado em lama suja
agredido pela ignorância das fardas
homens vestidos com fardas fúnebres
treinados para não ouvir, nem pensar
apertar gatilho em alvo desconhecido
choro que não cessa
alegria deserdada pelo capital
vítima do desprezo
justificando pela bolsa de valores
vivendo para ser explorado
desapego à ética, fétida
dormindo na tumba esquecida pelos lobos militantes.