O vento que segue
A primavera cruza entre flores
Todos os sonhos que não sonhei
Sinto o gosto que desliza sagrado
No vento que passa e segue
Vicioso de todos os encantos ausentes
Gosto da sua voz que me acalma
Para aquecer meu desejo livre
Feito vielas desoladas em caminhos
Num croqui rabiscado à toa
Formando fios na dilação do tempo
Sugerindo o canto profano do dia
Ouço junto de mim a suave brisa
No encanto a plissar minha solitude
Existe algo mais plausível que a desilusão
Sigo a suavidade da alma sem procelas
Para plantar no mar o vício da esperança
Tatuei um sonho em versos livres
Eram riscos cegos na escuridão do céu
O meu acaso escorre na lágrima
Que fortalece o encanto pleno da vida
E o corpo deita no tempo livre
Para abraçar em etapas
Uma prece no desejo da oração
Como os poetas que cantam
Na noite o culto ao amor
Edição
10 / 06 / 2014
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