Tatuei um sonho
Tatuei um sonho na parte da lua cheia
Na desconstrução ficou uma sombra
O meu gesto é todo desfeito no silêncio
Pela revolta dos inocentes alienados
Tenho cravado na alma um voo livre
Com asas de um trigal em canto
Que na noite aquieta minha voz
Em frente ao livro que perpassa
No conflito respingo uma luz sobre a ideia
Que exalta o meu ego e ejacula alegria
Vejo uma página inerente ao cair da noite
Que trafega na luz dos meus olhos
Não sei por que a morte caiu com vida
No escuro ébrio da construção azul
O meu desejo escorre na lágrima feliz
Que projeta uma sombra quase abstrata
Vivo com as palavras das tintas que pinto
Num crepúsculo amontoado de sonhos
Na forma sensível da minha solidão
Nos lábios trago um beijo como oração
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