HORA MORTA

Lenta, lenta hora.

Em tudo ecoa

Alma que se ignora

Tudo é tão doente

Um pesadelo que se sente

De si próprio ausente

E ainda ela bate à porta

Lenta, lenta

Hora morta

Que haja piedade

Bruma e ocaso que invade

Hora vazia e sem vida

E sombria e perdida

Em agonia que não se conforta

Lenta, lenta

Hora morta.

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Poema incluído em um conto chamado A HORA MORTA.

David Leite
Enviado por David Leite em 24/07/2019
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