ERRO
Simplesmente caminho no vago
Quando feito tais deslizes
Vergonhosamente meu eu
Meus erros rústicos
Que arrependido vou pra fora do foco
Das possibilidades de pancadas no meu corpo
Rogo-me ao instante de minhas arrogâncias
Quando dos sustos ridículos dos meus erros
Entendo que só eu sou responsável
Todos que me falam
Nunca erram
Todos santos, tão santos como eu
Sonho escutar de alguém um dia
Uma erro que não seja simples
Mas algo covarde
Um erro que não seja corrigível
Mas algo destrutivo
Não vejo chegar a mim esse tempo
Só vejo minha impossibilidade
De me refletir como um lado fraco
Para que se julgue necessário
Colorir minha estampa carrasca
Quem sabe um dia
Chegue em meus ouvidos
Que todos erram
E todos também acertam nos erros
Quem sabe um dia
Eu durma errado
E no raiar do sol
A certeza esteja ao meu lado
Nua e exausta como minha fadiga
Ou como minha caneca de café
Áspera no sabor
Tão doce quanto vazia.
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