ERRO

Simplesmente caminho no vago

Quando feito tais deslizes

Vergonhosamente meu eu

Meus erros rústicos

Que arrependido vou pra fora do foco

Das possibilidades de pancadas no meu corpo

Rogo-me ao instante de minhas arrogâncias

Quando dos sustos ridículos dos meus erros

Entendo que só eu sou responsável

Todos que me falam

Nunca erram

Todos santos, tão santos como eu

Sonho escutar de alguém um dia

Uma erro que não seja simples

Mas algo covarde

Um erro que não seja corrigível

Mas algo destrutivo

Não vejo chegar a mim esse tempo

Só vejo minha impossibilidade

De me refletir como um lado fraco

Para que se julgue necessário

Colorir minha estampa carrasca

Quem sabe um dia

Chegue em meus ouvidos

Que todos erram

E todos também acertam nos erros

Quem sabe um dia

Eu durma errado

E no raiar do sol

A certeza esteja ao meu lado

Nua e exausta como minha fadiga

Ou como minha caneca de café

Áspera no sabor

Tão doce quanto vazia.

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Adriano Sales
Enviado por Adriano Sales em 24/07/2019
Código do texto: T6703086
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