Quando o ramo partir o verde das florestas...

o céu encostado na janela
o sapateado das flores ao vento
as finas camadas de chuva
um ramo quebrando o silencio
todos os beijos preenchendo seu batom
a geladeira no coração da cozinha
o rosado absoluto da noite. que não dorme
... a sala que despe seus passos
escrevendo-os em uma xícara de café

vês? esquecer não é nada demais!
é a costura que une todas as pontas
a forma mais delicada de perder
... é escrever onde a vida não recusa a luz.
(esquece cada dia um pouco mais e mais rápido a cada dia).

perder teu voo... vês? não muda nada.
o tempo é um bicho selvagem
não pede autorização (ao céu) para voar
e jamais, jamais volta para si mesmo.
(nem chora por nós...)
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 23/07/2019
Reeditado em 23/07/2019
Código do texto: T6702594
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